IGUALDADE DE GÊNERO,RAÇA/ETNIA NA EDUCAÇÃO FORMAL- Família, Hierarquias e a interface público/privado.

sábado, 14 de abril de 2012

FATORES INFLUENTES NA DISSIPAÇÃO DAS ASSIMETRIAS DE GÊNERO NA SOCIEDADE.


Juntamente com a  eficácia de políticas públicas voltadas  para a redução das assimetrias de gênero, para a condição de haver uma modificação no perfil da institucionalização vigente, há que se  reconhecer a influência de outros fatores estruturais na reprodução e ampliação dessas assimetrias: as mudanças sócio-demográficas que interferem no perfil do emprego; as mudanças do papel do Estado no mundo GLOBALIZADO; os desafios  colocados pela diversidade racial / étnica; as alterações que vem ocorrendo na estrutura da família com os  múltiplos arranjos familiares, e ainda, as mudanças no tradicional padrão da divisão sexual do trabalho e nos  padrões da sexualidade, entre outros.
Discorrer sobre a igualdade de gênero é irromper com um universo restrito do não reconhecimento da alteridade, do outro, da diferença, para caminhar em direção ao espaço de equidade, da emancipação e do pertencimento. As mulheres emergem como alteridade feminina, sociocultural e política, passam a estar presente, reconhecidamente, nas arenas da vida cotidiana, onde se redefinem com base na cultura, na  história, nas relações de trabalho e nas formas de inserção no mundo político, portanto, em um novo campo de possibilidades para estabelecer convenções capazes de vencer sua condição de desigualdade.
 A governabilidade, por sua vez, se assenta em duas premissas: na sustentação do que propõe e na capacidade governamental permanente de incorporar e atender as demandas da  sociedade civil, perseguindo  o compromisso político que se traduz na aplicação dos recursos nas ações do Estado.
Assim, a garantia da governabilidade, para uma política de igualdade de gênero, se assegura em um tripé tridimensional articulado, inicialmente na pretensão e na decisão política que garanta, junto aos planejadores em todas as instâncias federativas, a incorporação, nas suas agendas, da importância e do significado da transversalidade de gênero, contemplando e compreendendo seus desdobramentos e  suas perspectivas, tanto em relação à ação do  estado quanto às suas instituições de planejamento. Em seguida, na sua incorporação na prática dos gestores, que executam, monitoram e avaliam a políticas públicas, em todos os níveis: federal, estadual e municipal, e por último na disseminação de novos valores culturais e políticos junto à população, com vistas a que esta sensibilização torne a população participante e corresponsável na construção de uma cidadania inclusiva.
Postado por Maristela Garcia Piovezan

BIBLIOGRAFIA
ABRAMO, L. Perspectiva de Gênero e Raça nas Políticas Públicas. Série Mercado de Trabalho. [s.l.]: IPEA, n. 25, nov. 2004. Disponível em  http://www.ipea.gov.br/pub/bcmt 25e.pdf>. Acesso em: 11/04/2012.

BANDEIRA, L. & BITTENCOURT, F. Desafios da Transversalidade de Gênero nas Políticas Brasileiras. In: SWAIN, T.; MUNIZ, D. do C.G. (orgs.). Mulheres em Ação. Práticas Discursivas, Práticas Políticas. Florianópolis: Ed. Das Mulheres, 2005.

BARRETO, Lucas Hayne Dantas. Terceiro setor: uma análise comparativa das organizações sociais e organizações da sociedade civil de interesse público. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 779, 21 ago. 2005.
Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7165>. Acesso em: 14/04/2012.

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