IGUALDADE DE GÊNERO,RAÇA/ETNIA NA EDUCAÇÃO FORMAL- Família, Hierarquias e a interface público/privado.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

AVANÇO HISTÓRICO SOCIAL DA MULHER


Mulheres de Atenas
Chico Buarque

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem para os seus maridos
Orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas; cadenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Sofrem para os seus maridos
Poder e força de Atenas
Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam, sedentos
Querem arrancar, violentos
Carícias plenas, obscenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Despem-se para os maridos
Bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam para os braços
De suas pequenas, Helenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas:
Geram para os seus maridos,
Os novos filhos de Atenas.
Elas não têm gosto ou vontade,
Nem defeito, nem qualidade;
Têm medo apenas.
Não tem sonhos, só tem presságios.
O seu homem, mares, naufrágios...
Lindas sirenas, morenas.
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos
Heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas
Serenas


Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos
Orgulho e raça de Atenas.


Fonte - http://www.google.com.br/search?tbm=isch&hl=pt acesso 20/09/2011.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

III Conferência Municipal para Mulheres


Foi realizado em Afonso Cláudio (no polo da UFES), no dia 02 de setembro de 2011, a III Conferência Municipal para Mulheres, teve como objetivo discutir e elaborar políticas públicas voltadas à construção da igualdade, tendo como perspectiva o fortalecimento da autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres, contribuindo para erradicação da extrema pobreza e para o exercício pleno da cidadania das mulheres. Dentre outros assuntos foram discutidos 10 grandes eixos:
1-    Autonomia econômica das mulheres;
2-    Saúde das mulheres – Direitos sexuais e Direitos reprodutivos;
3-    Educação inclusiva, não sexista, não racista, não homofóbica, não lesbofóbica;
4-    Enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher;
5-    Participação das mulheres nos espaços de Poder e Decisão;
6-    Desenvolvimento Sustentável, no meio Rural, na cidade e na floresta – Com garantia de justiça ambiental, soberania e segurança alimentar;
7-    Direito à terra, moradia digna e infra-estrutura social – no meio rural e urbano, considerando as comunidades tradicionais;
8-    Cultura, comunicação e mídias igualitárias, democráticas e não discriminatórias;
9-    Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia;
10-                     Enfrentamento as desigualdades geracionais que atingem as mulheres, em especial jovens e idosas.

Esta conferência foi realizada, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Ação Social e Conselho Municipal de Assistência Social, e  contou com a presença de 83 participantes inscritos. 
Os relatórios dos temas discutidos na conferência serão realizados pela Comissão organizadora do evento e enviada para a Conferência Nacional.

  Referências bibliográficas
·       III Conferência de Políticas para Mulheres – CMPM, convocada pelo Decreto Governamental 2763-R / 41/05/2011.
·       SEMAS – Secretaria Municipal Assistência Social de Afonso Cláudio.
·       Barcellos, G. H. (2011), conjunturas internacional e nacional e as mulheres.
·       Shuaba, L. (2011). A realidade das mulheres capixabas.



Texto escrito e postado pela aluna Renilza Küster.

FOTOS DA III CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA MULHER
( à direita Maria Lúcia Martinuzzo Bassi, Secretária Municipal de Ação Social de Afonso Cláudio, centro, a Palestrante Naildes Silva Nascimento, Conselheira do Conselho Estadual da Defesa de Direitos da Mulher e Leidiane Will Hohmann, Coodenadora do Pró-Criança de Afonso Cláudio)

 
(Algumas participantes da III Conferência)      

 
(Apresentação realizada pelas adolescentes do Pró-Criança, juntamente com algumas senhoras que fazem parte do grupo do Centro de Convivência de Afonso Cláudio, com o objetivo de mostrar a interação entre as mesmas.)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Assim eu vejo a vida

A vida tem duas faces: positiva e negativa
O passado foi duro mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria.
Que eu possa dignificar minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações e me fazer pedra de segurança
Dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
Lutas e pedras
Como lições de vida e delas me sirvo: aprendi a viver. 


Autora- Cora Coralina
 SITE- www.mundojovem.com.br- acesso em 07/09/2011- Maristela Garcia Piovezan                            

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

DIFERENÇAS DE RAÇA, ETNIA E GÊNERO: O CÂNCER DO MUNDO.

"Quando se faz a fusão de um terço de racismo, com a mesma porção de discriminação e ainda somando-se a isto mais um terço de indiferença com o próximo, obtem-se a fórmula infalível do maior câncer sofrido pela humanidade".

Autor: Ivan Teorilang
Fonte: www.pensador.uol.com.br
Postado em 05/09/2011 pela aluna Maristela Garcia Piovezan.

domingo, 4 de setembro de 2011

LEIA: ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA "REPORTER BRASIL" CONFIRMA DADOS DA DESIGUALDADE DE GÊNERO E RAÇA NA SOCIEDADE PATRIARCAL BRASILEIRA.

Trabalhadoras sofrem com desigualdade de gênero e de raça

Com participação significativa no mercado de trabalho e responsáveis pelo sustento de uma parcela cada vez maior de famílias brasileiras, mulheres enfrentam quadro de desigualdade, que é agravado pela questão racial
 Por Repórter Brasil
A responsabilidade e a participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro têm se ampliado nos últimos anos, mas as desigualdades de gênero continuam as mesmas. É o que mostra documento divulgado nesta quinta-feira (3) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) por ocasião do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março.

"As mulheres - principalmente as mulheres negras - possuem rendimentos mais baixos que os dos homens e, ainda que em média tenham níveis de escolaridade mais elevados, seguem enfrentando o problema da segmentação ocupacional, que limita seu leque de possibilidades de emprego", afirma o estudo da OIT, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).

Entre 1998 e 2008, aumentou a proporção de mulheres que são "chefes de família", ou seja, que são as principais responsáveis pelo sustento do lar. Essa porcentagem subiu de 25,9% para 34,9%, que equivale a mais de um terço das famílias brasileiras. Aumentou também a parcela de núcleos formados por mães que cuidam sozinhas dos filhos: de 4,4% para 5,9%.

A participação das mulheres, em 2008, chegou a 43,7% (42,5 milhões de pessoas) no universo de pessoas com mais de 16 anos que estavam no mercado de trabalho. No mesmo ano, homens e mulheres da raça negra formavam 50% (48,5 milhões) desse contingente.

O exame da taxa de desemprego evidencia com clareza a marca da desigualdade. Para mulheres negras, a taxa em 2008 alcançou 10,8%, em comparação a 8,3% para as mulheres brancas, 5,7% para os homens negros e 4,5% para os homens brancos, que foram menos afetados.

Diferença salarialUma rápida pesquisa no novo mecanismo online disponibilizado pela Secretaria de Emprego e Relações de Trabalho (SERT) do governo de São Paulo, com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), permite a aferição dos abismos salariais em termos de gênero e de raça.

Os salários médios de profissionais de advocacia - código 241005 na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) -, com idade entre 25 a 30 anos, que atuam na cidade de São Paulo (SP), variam enormemente.

Para advogados brancos, o salário médio de admissão nos últimos seis meses foi de cerca de R$ 3 mil. Neste período, informa o Salariômetro, houve 150 contratações com o mesmo perfil, na localidade informada.

No caso das advogadas negras, o salário médio de admissão no último semestre foi de R$ 1,48 mil. Durante este período, houve registro de apenas duas contratações com este perfil na capital paulista.

Trabalho doméstico
"As mulheres e os negros são mais presentes nas ocupações informais e precárias e as mulheres negras são a grande maioria no emprego doméstico, uma ocupação que possui importantes deficits no que se refere ao respeito aos direitos trabalhistas", completa o documento da OIT.

As trabalhadoras domésticas representavam 15,8% do total da ocupação feminina em 2008. São 6,2 milhões de mulheres que se dedicam a essa profissão, e a maioria delas são negras. Mais de 20% das mulheres negras ocupadas estão precisamente no trabalho doméstico, que é caracterizado pela precariedade. Somente 26,8% das domésticas tinham carteira de trabalho assinada em 2008. Entre as trabalhadoras domésticas negras, o nível é ainda maior: 76% não possuem carteira assinada.

A pesquisa do organismo internacional identificou que homens ocupados gastam 9,2 horas semanais com afazeres domésticos (reprodução social), enquanto que as mulheres ocupadas dedicam 20,9 horas semanais para o mesmo fim. Com isso, apesar da jornada semanal média das mulheres no mercado ser inferior a dos homens (34,8 contra 42,7 horas, em termos apenas da produção econômica), a jornada média semanal das mulheres alcança 57,1 horas e ultrapassa em quase cinco horas a dos homens (52,3 horas).

Principal instância de deliberação da OIT, a Conferência Internacional do Trabalho iniciará, em junho deste ano, a discussão sobre a possível adoção de um instrumento específico de proteção a homens e mulheres que atuam no trabalho doméstico, atividade exercida predominantemente por mulheres e na qual estão presentes as desigualdades de gênero e raça.
FONTE=  http://www.reporterbrasil.org.br/index.php- acesso 02/08/2011 pela aluna Maristela Garcia Piovezan GPP-GR -ACLA04.

DESIGUALDADE DE GÊNERO É SINÔNIMO DE IGNORÂNCIA

A DESIGUALDADE EM RELAÇÃO ÀS MULHERES  NO ACESSO ÀS OPORTUNIDADES  NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO  É O RETRATO DA DESINFORMAÇÃO MARCHISTA, PRECONCEITUOSA E VERGONHOSA EM RELAÇÃO À CONSTITUIÇÃO DO PAÍS. SOMENTE ONDE A EDUCAÇÃO É TÃO DESPRIVILEGIADA COMO NA NOSSA SOCIEDADE, O POVO PERMITE, AMORDAÇADAMENTE,  REALIDADE TÃO VEXANTE.

FONTE- Texto da aluna Maristela Garcia Piovezan,  04 de setembro de 2011- GPP-GR-ES- ACLA 

QUEM AMA MALTRATA?

                                                      
Campanha Maltrato Zero

Foi lançada no Brasil, no início de outubro, a Campanha de Sensibilização contra a Violência de Gênero nos países Ibero-americanos “Maltrato Zero”. O objetivo da campanha é o enfrentamento à desigualdade e à violência de gênero, e é destinada aos jovens dos 22 países ibero-americanos para conscientizá-los sobre o tema.
A campanha foi lançada pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e a Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB), com o apoio da Secretaria Nacional da Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República.
É a primeira vez que os países Ibero-americanos participam de uma ação conjunta com uma única mensagem em prol da igualdade de gênero. Elaborada pela SEGIB e pela Organização Ibero-Americana da Juventude (OIJ), a iniciativa obedece a uma determinação da XVIII Conferência Ibero-americana de El Salvador, realizada em 2008.
Campanha – tem por objetivo unir toda a sociedade ibero-americana, em especial a juventude, para se comprometerem contra a desigualdade e a violência de gênero através do movimento “Maltrato Zero”. Dirigida a 22 países, a campanha pretende atingir uma população de 150 milhões de jovens. Ela conta com um site que contém spots de rádio, filmetes de televisão, cartazes, dados sobre violência doméstica, depoimentos e manifestos, entre outros. Todo o material foi feito em português e em espanhol.
Através do site da Campanha Maltrato Zero é possível se cadastrar e participar mais ativamente do movimento.
É importante lembrar que no Brasil há a Lei 10.340/2006 – Lei contra a Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha.
A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres coloca a disposição da população uma relação de serviços de atendimento específicos para a Mulher. Esses serviços são prestados pelo governo federal, pelos governos estaduais e municipais, além de diversas outras instituições da sociedade civil.
Fonte: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres

Retirado do site http://www.infojovem.org.br/2009/11/11/campanha-maltrato-zero/- postado pela  aluna  Maristela Garcia Piovezan- Curso GPP-GE-ES GRUPO 04.